17/01/2022 as 07:19 | por Da Redação |
registrado nas últimas semanas intensas chuvas, o que exige maior atenção e alerta quanto aos cuidados com as barragens hidrelétricas e de rejeitos de mineração. Para garantir a observância dos padrões de segurança e tranquilizar a população, a Defesa Civil do Estado vem monitorando os empreendimentos.
O trabalho começou pela Usina Hidrelétrica de Manso (UHE), que fica em Chapada dos Guimarães (65 km ao Norte de Cuiabá), e deve se estender por outras 15 barragens classificadas como de alto risco. “Fizemos a inspeção na Usina de Manso por que sempre gera essa preocupação. Nossa intenção foi verificar justamente o nível do reservatório, como a usina está operando, se está dentro da normalidade, qual o nível máximo de operação e se oferece algum risco nesse momento de intensas chuvas à população”, disse o superintendente de Proteção e Defesa Civil do Estado, tenente-coronel Luís Claudio Pereira da Cruz.
De acordo com Luís Cláudio, a vistoria técnica na UHE de Manso, administrada pela Furnas Centrais Elétricas, foi feita no dia 13 deste mês, quando o nível do reservatório estava a uma altura de 282 metros em relação ao nível do mar. “É um nível de segurança considerando que a capacidade de operação é até 287 metros. A população pode ficar tranquila que a Usina de Manso, nesse momento, não oferece nenhum risco, principalmente, à população da Baixada Cuiabana”, afirmou.
Atualmente, segundo ele, a UHE de Manso trabalha com 25% de sua capacidade, tendo uma turbina em operação das quatro existentes. “Para que ela consiga operar em sua totalidade, o nível de Manso tem que estar no mínimo 286 metros e isso pelo registro histórico deles (Furnas) já não acontece há três anos”, frisou.
Conforme o tenente-coronel Luís Claudio, além de Manso, esse acompanhamento será feito em outras 15 barragens de geração de energia e de rejeitos de mineração classificadas como de alto risco. Esses empreendimentos estão localizados nos municípios de Sorriso (4), Nossa Senhora do Livramento (1), Ipiranga do Norte (2), Tangará da Serra (1), Lucas do Rio Verde (1), Itiquira (1), Várzea Grande (1), Nova Santa Helena (1), Confresa (1), Ribeirão Cascalheira (1) e Campo Verde (1).
“Já estamos programando para fazer essa vistoria em outras usinas classificadas como de alto risco, que caso aconteça um transbordamento ou rompimento, oferecem um grande risco à população”, frisou. O trabalho deve ser feito em conjunto com a Gerência de Barragens da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
Nesta última semana, a Defesa Civil e demais órgãos competentes, inclusive, precisaram atuar em Confresa (1.160 km ao Nordeste de Cuiabá). Por lá, a Prefeitura interditou, no dia 07 deste mês, o trânsito pelas pontes situadas sobre o Rio Gameleira, passando pela MT-432. O bloqueio visou esgotar a represa situada na Fazenda Luta, que apresenta nível alarmante de aumento do volume de água com as últimas chuvas.
“Fizemos uma operação lá e ficamos por quase 10 dias. A água transbordou e precisou ser feito uma intervenção, que reuniu Defesa Civil, Sema, Corpo de Bombeiros, para abertura de dois vertedouros, ou seja, dois canais para diminuir a pressão do talude principal da barragem e, consequentemente, diminuir o nível e descartar o risco de rompimento”, informou. “Felizmente, a intervenção foi exitosa, teve o resultado esperado e hoje ela não oferece o risco de transbordamento ou rompimento, mas vamos continuar monitorando”, completou.
Já na próxima semana, uma nova inspeção será feita no local até conta da previsão de mais chuvas na região. “Começamos por Manso e vamos fazer essa inspeção ‘in loco’ em outras barragens justamente para tranquilizar a população. Mas, hoje nós não temos nenhuma solicitação ou nenhuma barragem em alerta máximo”, afiançou.