11/05/2024 as 07:23 | por DC |
Estudo do Governo Federal identificou 40 municípios como mais suscetíveis a desastres relacionados ao clima como deslizamentos, enxurradas e inundações, em Mato Grosso.
O mapeamento foi elaborado pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, em 2023, como parte dos estudos para o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Em todo o país, o estudo aponta 1.942 cidades brasileiras sob maior risco a desastres e, por isso, deveriam ser “priorizadas nas ações da União em gestão de riscos e desastres naturais”.
Nessas localidades, 8.904.136 pessoas estão expostas aos perigos geo-hidrológicos.
No Estado, são 6.088 moradores suscetíveis aos eventos naturais distribuídos por cidades como Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio de Leverger, Barão de Melgaço, Rosário Oeste e Cáceres.
Nesta última, uma enchente registrada em fevereiro deste ano deixou cerca de 7 mil pessoas desalojadas.
Os estragos causados levaram o prefeito Odenilso José da Silva a decretar situação de emergência e calamidade pública nas áreas afetadas por enchente e alagamento.
As demais são: Água Boa, Alta Floresta, Apiacás, Aripuanã, Barra do Garças, Campo Novo do Parecis, Carlinda, Castanheira, Colniza, Comodoro, Confresa, Cotriguaçu, Feliz Natal, Juara, Juruena, Luciara, Matupá, Nova Bandeirantes, Nova Canaã do Norte, Nova Monte Verde, Nova Olímpia, Nova Santa Helena, Nova Ubiratã, Novo Santo Antônio, Paranaíta, Paranatinga, Peixoto de Azevedo, Santa Terezinha, São Félix do Araguaia, São José do Rio Claro, São José dos Quatro Marcos, Sorriso, Terra Nova do Norte e Vila Rica.
O monitoramento revela ainda que, dentre as unidades da Federação do Centro-Oeste, Mato Grosso tem o maior número de municípios mais suscetíveis, mas Mato Grosso do Sul tem a maior quantidade de pessoas mapeadas em áreas de riscos (25.092).
Também dentre as cidades listadas, 142 estão localizadas no Rio Grande do Sul, entre elas, as que estão no epicentro das inundações que atingiram o Estado nos últimos dias, como Eldorado do Sul e a capital, Porto Alegre.
Contudo, o Estado com mais cidades vulneráveis é Minas Gerais, com 283 municípios em estado crítico.
O mapeamento atualiza uma lista de 2012, que apontava 821 municípios sob risco.
“Com o advento do Novo Programa de Aceleração do Crescimento – Novo PAC, verificou-se a necessidade de atualização da lista de municípios com evidências de maior criticidade quanto à ocorrência de desastres naturais relacionados ao clima, elaborada em 2012 no âmbito PAC 2, para orientar as novas ações do governo federal para o Plano Plurianual - PPA 2024-2027, considerando os dados atualizados de registros sobre desastres e vulnerabilidade, bem como as informações dos mapeamentos das áreas de risco geológico e hidrológico”, diz a nota técnica.
O documento foi elaborado com auxílio de outros ministérios, como Integração e Desenvolvimento Regional, Cidades, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia.
Para entrar na lista, a cidade teve de registrar óbito, ter mais de 900 desalojados e ter mais de 10 registros de desastres entre os anos de 1991 e 2022.
Os desastres ocorridos em 2023 não foram considerados, tendo vista que as informações ainda estão sendo sistematizadas.
Outro critério é a cidade apresentar alta vulnerabilidade a inundações, segundo o Atlas de Vulnerabilidade a Inundações da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) - 2014.