09/08/2023 as 06:17 | por Da Redação |
2022/2023 no Brasil tem apresentado resultados promissores nos principais estados produtores.
Diferentemente do ciclo passado, quando problemas climáticos prejudicaram o desenvolvimento vegetativo e a formação de capulhos e resultaram em produtividades abaixo da média.
Segundo estimativas da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o país deve colher três milhões de toneladas de pluma, acréscimo de 18% em relação a 2021/22 e considerado um patamar histórico.
O ciclo atual do algodão ocupa 1,67 milhão de hectares, o que coloca o Brasil entre os quatro maiores produtores mundiais, atrás de China, Índia e Estados Unidos.
Mato Grosso, com 1,2 milhão, é o maior produtor nacional e a retrospectiva da safra 22/23 no Estado, com seus desafios e aprendizados, será um dos temas do XV Encontro Técnico Algodão, de 28 a 30 de agosto, em Cuiabá.
Realizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), o painel vai debater o que aconteceu em cada região produtora de MT, na manhã do dia 29 de agosto.
Márcio Souza, coordenador de Projetos e Difusão de Tecnologias do Imamt (Instituto Mato-grossense do Algodão), moderador da retrospectiva, destaca que, no Estado, o plantio de algodão sofreu, em média, dez dias, de atraso.
A semeadura aconteceu entre o final de janeiro e 10 de fevereiro e preocupou os produtores, que temiam que faltasse chuva no mês de maio, trazendo efeitos negativos para a produção como na safra passada.
No entanto, houve bom volume de chuvas, que chegaram até junho na maioria das regiões.
O cenário de precipitações estende o ciclo da cultura no campo, mas, por outro lado, ajuda a garantir bom potencial produtivo e qualidade de fibra.
Esta é a expectativa de entidades e cotonicultores até o momento, com cerca de 26% da área colhida.
“Acreditamos em recorde de produção nas lavouras da BR-163. Sapezal e Campo Novo do Parecis vão produzir muito bem, assim como o Sul do Estado, e Vale do Araguaia ficará dentro da média. No ano passado, se falava em 235 arrobas por hectare em caroço, mas, neste ano, esperamos produtividade média de 300@/ha, com regiões passando disso. Será um dos melhores anos historicamente em MT”, indica o coordenador do Imamt.